quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um dia em Maceió!

Foi a trabalho a minha primeira viagem ao nordeste. Na verdade, já fui a Porto Seguro, mas era com a escola, então não conta. Pensando bem, essa também quase não conta, mas vale!

O turismo no Brasil, para os brasileiros, não é nada barato. Devido ao preço das passagens e hotéis, toda vez que me organizo para viajar, logo descarto o nordeste, pois os preços quase não diferem daqueles que pagamos para voos a outros países. 

Chegando em Maceió, já me deparei com um aeroporto que lembrou o de Madrid, e que, diga-se de passagem, foi construído muito antes da Copa do Mundo aqui no Brasil. O taxista, muito simpático, me falava no caminho o nome de todas as ruas, como se eu fosse me localizar depois. Eu sabia que não ia lembrar o nome de nenhuma delas até chegar no hotel, mas o deixei falar. Ele estava tão feliz sendo, além de taxista, meu guia turístico. 
Cheguei ao hotel com fome e perguntei sobre o serviço de quarto, que não tinha, mas o funcionário me indicou duas pizzarias. Olhando os panfletos, resolvi ligar para uma delas, quando me atenderam percebi que o sotaque não era estranho e ao perguntar, confirmei: o dono da pizzaria era um italiano. "Huuumm pizza italiana"
A pizza foi entregue pelo próprio motoboy, na porta do quarto. Comi três fatias, tomei um banho e fui dormir. 

Ao acordar, fui até a sala de café da manhã, dei uma olhada geral,
nada de diferente, até chegar na macaxeira cozida. Curioso!
Depois de cumprir a minha primeira missão a trabalho do dia, resolvi almoçar em um restaurante na beira da praia, já que o juiz só chegaria às 14h no fórum. Então, pedi para o taxista, não o mesmo do aeroporto, infelizmente, me deixar no calçadão. Ao andar por ali, com a brisa aliviando o calor, várias pessoas me ofereciam cadeiras e guarda-sol, o que eu tive que rejeitar, com dor no coração, claro!

Andei por uma feira de artesanato e comprei um shorts por cinco reais. Cinco reais! E ainda, como eu não estava achando a moeda de um real, mas somente duas notas de dois, o vendedor: "fica por quatro mesmo". "Quatro? Não, quatro é pouco, espera aí que vou achar a minha moeda", e achei. E olha que eu adoro uma promoção, hein?

No caminho para o restaurante, ainda comprei uma água de coco: "quanto é?"."é dois". "Oi?". "Dois". "Dois mesmo?". "Sim senhora, dois reais!". E como estava doce e gelada a água daquele coco.

Passando por um quiosque, um homem me parou e disse: "Oxi, já vi di tudo nessa praia, marralguém di mala, nunca vi, não!". "É que eu estou aqui a trabalho. vou ao fórum depois de almoçar!"."Marrrr di shorti?" Resolvi dar razão àquele homem, afinal, que coerência tinha para ele, alguém estar de shorts e chinelo andando pela orla com uma mala de rodinha? Quase falei: "Juro que a minha saia e meu salto alto estão dentro desta mala. Eu vou colocá-los para falar com o juiz". Rsss...

Cheguei ao restaurante ainda rindo sozinha do que tinha acabado de acontecer. Restaurante à beira mar, quase na areia. Os garçons de chinelo e bermuda. Que vida boa. Na minha cabeça fazia o comparativo entre São Paulo e aquele lugar, que lugar lindo.
O mar azul, céu azul, areia clarinha...

Depois de comer muito bem, e pagar um preço super justo, fechei a conta e fui ao fórum estadual, que é arejado, iluminado e aconchegante, bem diferente do nosso querido central, na praça da Sé. Chegando no cartório, pude escutar alguns serventuários falando mal do governo, reclamando que tudo ficaria mais caro, inclusive o iPhone!

Assim que terminei de falar com o juiz, fui para o aeroporto, meu voo sairia às 20:40 e eu cheguei às 17:10. Mais de três horas esperando, mas eu nem liguei, porque a atendente do Bob's, além de muito simpática, como todos por lá aliás, colocou duas porções extras de Ovomaltine no meu milkshake sem cobrar nada a mais por isso. Amei!

Que dia bom...
#momentosfelizes



Shorts de quase R$4,00 + mala de rodinha!


Quiosque: Kanoa.

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