quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Banheiro de bar.

Banheiro de bar é o companheiro de todo mundo que curte beber uma cervejinha, ainda mais das mulheres. No início, seguramos o máximo que podemos, afinal, como dizem, “quando abrimos a torneirinha, não fechamos mais...”. Isso até o terceiro chope.

Depois dessa primeira etapa, já não aguentando mais, levantamos e vamos ao banheiro. Chegando na porta, olhamos para ela, deciframos o código para saber qual é o feminino, e entramos. Este detalhe é importante, por qual razão simplesmente não colocam “sanitário ou banheiro feminino”? Ao invés disso, preferem colocar imagens que temos que entender por analogia. Parece fácil, né? No início é, mas depois...

Com a ingestão continua de álcool, aqueles desenhos que já eram estranhos, se tornam desafios na sua vida naquele momento.

O bom de banheiro de bar é que depois de uma certa hora não precisamos mais decifrar os códigos afixados nas portas (Ufa...), a fila está tão grande que, como por inércia, simplesmente nos acomodamos atrás da última.

A fila do banheiro, por demorar um pouco, na maioria das vezes, rende muitas amizades momentâneas descartáveis. Momentâneas descartáveis porque depois de conversar, combinar balada, bar, inclusive trocar telefone, chegando a nossa vez nos despedimos com um: “mas então tá combinado, hein, me adiciona no face”, mas só depois descobrimos que não sabemos - ou lembramos - nem o primeiro nome da cidadã, e que a nossa pseudoamiga consta na lista de contatos como “dkdhsjncvjdkis”. Ah, tudo culpa desses celulares modernos com as letras do teclado espremidas.

Antes fosse.

Já dentro da cabine, fazendo legpress para não encostar no vaso - como nossas mães sempre recomendaram - rimos, cantamos e falamos, tudo sozinhas...

Até que, de um instante para o outro, tudo fica em silêncio, as meninas saíram e percebemos que estamos sozinhas mesmo. Nesse momento (tenso, por sinal), a luz, ativada por sensor de presença, se apaga. Então, começamos a movimentar os braços como o Tom Hanks, em "O náufrago" quando o pequeno avião passa sobre a ilha, e o pior: no escuro. Ou seja, é o cúmulo da situação constrangedora.

Sem contar que justo nessa hora seus músculos da coxa já estão tremendo de fadiga. Que situação.

Esse sensor dá uma raiva...

Mas nada disso nos abala. Quando saímos do banheiro, exuberantes, depois de pegar emprestada a maquiagem daquela menina que entrou no banheiro antes de sairmos, sentamos novamente à mesa, sem nem saber mais do que aquele povo está falando. 

Só nos resta uma coisa: “garçom, traz mais um”.

E até a próxima ida ao banheiro...

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