quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Um pouquinho de amor ao próximo, faz tão bem!

E foi numa quarta-feira despretenciosa, que pude vivenciar uma genuína demonstração de amor ao próximo. 

Precisava pegar meu carro na oficina mecânica, graças à batida que dei num veículo parado à minha frente há algumas semanas. 

Olhei no site da SPTrans qual ônibus deveria pegar para ir da Faria Lima até a Vila Mariana. E lá fui eu. Quando cheguei no ponto, percebi que poucos ônibus paravam ali, e comecei a desconfiar da informação que constava no site. Andei em direção ao ponto anterior àquele, e, de repente, ele passa: 875A- Santa Cruz.

Eu já estava a um quarteirão de distância e, num ato de desespero, comecei a correr com minha mochila rosa pink nas costas, o mais rápido que pude. Quando consegui chegar, a porta já estava fechada, dei duas batidas e o motorista abriu. 

"Uhullll, consegui".

De repente, tudo começou a escurecer, um enjôo instantâneo tomou conta de mim e senti minhas pernas fraquejarem. Minhas mãos tremiam. Então, me aproximei de uma senhora, que estava no assento preferencial, e pedi licença para me sentar no degrau à sua frente, no chão mesmo.

Eu só precisava descansar um pouco. Aquela senhora insistia para que me sentasse no lugar dela, mas eu negava.

Ela perguntou se eu havia comido alguma coisa e respondi que não, já que acordei sem fome. Depois de tanta insistência, cedi ao pedido e me sentei no lugar dela.

Por uns 10 minutos a sensação de desmaio era iminente, e eu só pensava em me manter acordada. Enquanto isso, a senhora, cujo nome não consegui perguntar, pediu para outro passageiro abrir a janela ao meu lado, e foi fazendo carinho no meu ombro até o momento em que percebeu que meus lábios retomaram a cor. 

Pedi para que ela voltasse ao seu lugar, pois eu poderia ficar de pé. A resposta era sempre a mesma: "você precisa ficar bem, fica tranquila que hoje minhas pernas estão ótimas, nem estão doendo" - falou sorrindo.

Antes de descer, ela perguntou se eu estava bem para seguir sozinha, e eu balancei a cabeça afirmativamente. Quando o ônibus estava quase parando, nos despedimos com um abraço. 

Que abraço bom!

Ela desceu, e eu continuei a olhar para aquela pessoa enviada por Deus para me confortar naquela manhã, não demorou muito para perceber que ela estava mancando e andava com dificuldade. 

Pois é, e nesse mundo louco, cheio de pessoas individualistas, ainda existem aquelas que amam e respeitam o próximo, que se preocupam com a aflição alheia, e param, o que estiverem fazendo, para ajudar.

Seja o bem que você quer no mundo. Acredite!

Agradeço a Deus por essa lição de humanidade. 






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