sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O que aprendemos...


Desde pequenos ouvimos coisas do tipo: "olha só, esse menino tem cara de médico" ou "gente, ela convence mesmo, hein, vai ser advogada". E é com essa discreta cobrança que crescemos. Passamos a primeira fase consciente da vida esperando o ano acabar. Quem está na sétima série, quer ir pra oitava, quem está na oitava não vê a hora de começar o colegial, e quem está no colegial anseia pela faculdade.


Faculdade. E chegou a grande hora. O ápice da vida de um ser humano, até então. Pois é,
crescemos numa estranha forma de sociedade que faz com que um indivíduo de 17 anos, sem conhecer absolutamente nada sobre profissões e suas carreiras (na maioria das vezes), tenha que escolher, dentre tantas opções, aquilo que vai fazer para o resto da vida. Cruel, diga-se de passagem...

Escolhi cursar direito. Fiz a faculdade, a pós graduação, sempre trabalhando para crescer, gerenciando processos e pessoas. Meu dia no escritório sempre começou bem cedo e terminava quase na hora de dormir. Chegava em casa, comia, tomava um banho e dormia. Sempre esperando o final de semana. Parecia que a vida só acontecia aos finais de semana, feriados e férias.

Com o tempo fui percebendo que não era aquilo exatamente o que eu queria, anos sentada na frente de um computador, vivendo para o trabalho. Não julgo quem faça isso, só não desejo isso pra mim. Quero mais da vida, a vida tem mais pra mim, e não digo dinheiro, não. Claro que uma pitada de dim dim não faz mal a ninguém, mas poucos se lembram, meio a tantos compromissos, da quase esquecida  "qualidade de vida".

O país está em crise, e com a crise você percebe o quanto as pessoas são descartáveis, substituíveis, números,"corte de custo", como preferem dizer, e percebendo isso é que começa a minha nova história. Meu despertar. Que contarei pouco a pouco no meu novo blog sobre essa experiência: Minha vida em 64kg. http://minhavidaem64kg.blogspot.com.br/

Por enquanto? Por enquanto vivo cada momento de felicidade, por menor que seja.

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